sábado, 6 de novembro de 2010

Bipolaridade Alvinegra

Nota da autora:
Sou botafoguense. Menos que alguns, mais do que outros. Este não é um blog "sobre o Botafogo", aliás, ele é uma coisa meio Seinfeld: falo sobre o nada, ou sobre tudo, ou é somente uma vontade de escrever que surge de repente. Caso eu consiga leva-lo adiante com uma certa frequência, inevitavelmente surgirão alguns textos sobre o Botafogo uma vez ou outra. Aproveitem.

Ser alvinegro deve ser algo como ser bipolar. A tragédia e a comédia habitam em nossos corações e não dão trégua nem com muita risperidona. Todas as dores e todas as delícias são intensas, são Vividas (em maiúsculo), são amargadas e comemoradas. Nem aquele jogo, na última rodada do Carioca, contra algum -ense da vida e com o time já classificado passa despercebido: ai do Leandro Guerreiro daquele zagueiro que deixou o atacante adversário chutar livremente pro gol. 
Mas onde eu quero chegar?
Depois de anos o Botafogo está brigando efetivamente pelo título. Eu não quero me empolgar, acho que será difícil - mais pelas tabelas dos outros times e seus jogos contra rivais do concorrente (fluminense X palmeiras, fluminense X são paulo, corinthians X flamengo, cruzeiro X vasco) do que pelo Botafogo em si. Uma vaga na Libertadores já faria meu ano acabar muito bem.
Mas é inevitável não olhar todas aquelas coincidências (entre o time de 1995 e este; a tabela do BR-2009 e a deste ano, na mesmíssima 33ª rodada; o filme dos Trapalhões, e por aí vai) e não acreditar em nenhumazinha delas. É inevitável pensar no "e se...?" do Marcelo, no otimismo nas entrelinhas do Thiago Pinheiro (para o Botafogo News), no "não é nada, não é nada" do Guilherme Figueira, e na frase mais perfeita que eu li até agora: "nada seria tão botafoguense [como ser o Campeão 2010]", do Breno Pinheiro. É inevitável me pegar imaginando o dia 05 de dezembro, às 19h, gritando É Campeão na varanda até ficar sem voz, querendo me bater por não ter ido à Porto Alegre. É inevitável praguejar contra professoras que marcaram provas para o dia 06 e dia 07 de dezembro.


(escrevi este texto há uns 2 dias e deixei ele como rascunho, pois não sabia como termina-lo. Segue o final, saído do forno)


Mas eu estava aqui, tentando não me empolgar por vários motivos: o de acreditar e ser sacaneada por todos que eu disse que seria campeã, o de evitar a frustração, a depressão, a raiva do time, enfim, motivos (além dos "reais") me faziam não ser mais otimista. 
Aí, eu entro no twitter e vejo que o @breno_vox postou a seguinte imagem:


Juro: senti cheiro de campeão. 




2 comentários:

  1. Ana...eu juro que o que eu mais quero é ver meu time campeão...mas ainda estou com o pé atrás. Prefiro esperar pra ver.

    Quanto à imagem...hahahahaha...muito boa!!

    Beijos

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  2. Citar o Seinfeld já valeu o texto quase todo. Espero que meu otimismo (mesmo desconfiado) sirva pra irradiar os outros no mesmo sentido, gerando ainda mais um ar de confiança no título.

    P.S: A definição de falar sobre qualquer assunto, exceto física quântica é uma das que mais uso. Achei legal ver outra pessoa textualizando, ahaha.

    Saudações Alvinegras de um botafoguense tbm não tão pontual e corriqueiro para postar no próprio blog.

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